A Filosofia de Edith Stein: Implicações para um Modelo Funcional Direto de Empatia
DOI:
https://doi.org/10.18761/PACau800Palavras-chave:
empatia, Edith Stein, behaviorismo radical, teoria da mente, tomada de perspectivaResumo
Definimos empatia, de forma ampla, como a compreensão da experiência alheia. Começamos descrevendo a análise fenomenológica da empatia de Edith Stein e a relevância contínua de sua crítica às teorias da empatia que pressupõem a necessidade de inferências do “interno” a partir do “externo”. Mostramos como teorias prevalentes da empatia, baseadas em
tais pressupostos, têm conduzido a confusões conceituais e, em última análise, ao afastamento do fenômeno de interesse. Argumentamos que a noção de empatia implícita nas hipóteses de Skinner sobre como aprendemos a descrever eventos privados se caracteriza por um persistente dualismo interno-externo, que desemboca em incoerência quando levado às suas últimas consequências. Propomos uma conceituação alternativa da empatia, o Modelo Funcional Direto, com três princípios: (1) caráter primariamente dado da experiência, (2) prioridade do todo e (3) interação. Argumentamos que o modelo evita as armadilhas do dualismo interno-externo e oferece um modelo coerente com a filosofia do Behaviorismo Radical.