Considerando as relações regionais brasileiras na clínica comportamental
DOI:
https://doi.org/10.18761/vecc11112022Palavras-chave:
Análise do Comportamento, psicologia clínica, green FAP, interseccionalidade, ADDRESSINGResumo
As relações regionais no Brasil se dão de forma desequilibrada, refletem-se nas interações sociais e nas construções identitárias e, desse modo, precisam ser consideradas dentro dos processos psicoterapêuticos. Ainda que alguns temas socioculturais tenham sido inseridos na discussão dessas práticas clínicas, o local de origem dos clientes tem sido pouco considerado. Portanto, compreendendo o tamanho continental do Brasil, as enormes diferenças culturais entre suas diferentes regiões e as relações historicamente estabelecidas de poder entre elas, este estudo teórico pretende por meio de uma revisão narrativa da literatura
discutir sobre a necessidade da regionalização da prática clínica comportamental do país. Nesse sentido, regionalizar significa dar ênfase aos aspectos culturais regionais compreendendo as identidades minoritárias resultantes das interações entre as regiões. Se tomará como referência as relações desiguais entre o Nordeste e as demais regiões do país, como forma de elucidar essa proposta. Assim, para tanto, propõe-se que as relações entre a perspectiva psicológica clínico-social da Green FAP, o conceito de interseccionalidade, e o modelo avaliativo ADDRESSING, em conjunto, possam auxiliar nesse processo de regionalização das questões psicológicas no processo clínico.