Considerações experimentais sobre os efeitos do controle por rejeição na formação de classes de equivalência
DOI:
https://doi.org/10.18761/perspectivas.v5i2.129Resumo
Experimentos que investigam questões relacionadas à ocorrência de resultados negativos em testes de formação de classes de equivalência referem-se frequentemente ao estabelecimento do controle por rejeição (i.e., relação modelo/S-). Com base nas análises teóricas e empíricas descritas nos estudos seminais, argumentou-se que o estabelecimento de tais relações daria origem a padrões de respostas que seriam opostos àqueles geralmente descritos em testes de reflexividade e transitividade. No entanto, a maioria dos experimentos feitos posteriormente com procedimentos específicos para estabelecer o controle por rejeição em seus participantes obtiveram resultados negativos nos testes de formação de classes, mas não obtiveram os padrões opostos de respostas. Portanto, uma descrição detalhada dos efeitos nos testes de formação de classe modulados pelo estabelecimento de relações condicionais controladas por rejeição parece ainda necessária. Vinte e três estudantes universitários realizaram um procedimento de matching-to-sample (MTS) que estabelecia o controle por rejeição por meio de quantidades diferentes de S+ e S-. Os resultados indicaram que os participantes obtiveram resultados negativos em testes de formação de classes e não foi possível identificar qualquer padrão de respostas entre eles, a exemplo do ocorrido em experimentos anteriores. À luz desses resultados, discute-se a necessidade de novas estratégias relacionadas à avaliação da ocorrência desse processo comportamental tão frequentemente mencionado.