Fragilidades epistemológicas do antimentalismo e uma possível saída na teoria comportamental da mente

Autores

  • Diego Zilio
  • Filipe Lazzeri

DOI:

https://doi.org/10.18761/AB70DZFL_03

Palavras-chave:

Behaviorismo Radical, Skinner, Mentalismo, Filosofia da Mente, Problema Mente-Corpo, Natureza Comportamental da Mente

Resumo

Por ocasião dos cinquenta anos da publicação do livro About Behaviorism, de B. F. Skinner, este ensaio revisita o capítulo “O que há dentro da pele?” (“What is inside the skin?”), com o objetivo de reavaliar alguns dos fundamentos filosóficos do comportamen­talismo radical. Partimos da distinção latente entre duas dimensões do projeto skinneriano: como filosofia da ciência do comportamento e como filosofia da mente, que propõe uma teoria comportamental da mente. Argumentamos que as justificativas epistemológicas apre­sentadas por Skinner em defesa das explicações comportamentalistas são insuficientes para fundamentar a crítica antimentalista. No entanto, a teoria comportamental da mente – ao sugerir que a mente é composta por comportamentos em relações de interação dinâmica com o meio, e não como algo interno e iniciador deles – oferece uma base mais promissora para um contraponto ao mentalismo. Nesse contexto, o antimentalismo deve ser compreendido menos como uma rejeição de constructos mentais por razões epistemológicas e mais como uma consequência de uma tese ontológica sobre a natureza dos fenômenos psicológicos. Essa tese deve ser combinada com um pluralismo teórico moderado, que, além de abandonar pretensões exclusivistas, busca beneficiar-se das convergências parciais com outras tradições de pesquisa.

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Publicado

20-10-2025

Como Citar

Zilio, D. ., & Lazzeri, F. . (2025). Fragilidades epistemológicas do antimentalismo e uma possível saída na teoria comportamental da mente. Perspectivas Em Análise Do Comportamento, 16(2), xx-xx. https://doi.org/10.18761/AB70DZFL_03