Fragilidades epistemológicas do antimentalismo e uma possível saída na teoria comportamental da mente
DOI:
https://doi.org/10.18761/AB70DZFL_03Palavras-chave:
Behaviorismo Radical, Skinner, Mentalismo, Filosofia da Mente, Problema Mente-Corpo, Natureza Comportamental da MenteResumo
Por ocasião dos cinquenta anos da publicação do livro About Behaviorism, de B. F. Skinner, este ensaio revisita o capítulo “O que há dentro da pele?” (“What is inside the skin?”), com o objetivo de reavaliar alguns dos fundamentos filosóficos do comportamentalismo radical. Partimos da distinção latente entre duas dimensões do projeto skinneriano: como filosofia da ciência do comportamento e como filosofia da mente, que propõe uma teoria comportamental da mente. Argumentamos que as justificativas epistemológicas apresentadas por Skinner em defesa das explicações comportamentalistas são insuficientes para fundamentar a crítica antimentalista. No entanto, a teoria comportamental da mente – ao sugerir que a mente é composta por comportamentos em relações de interação dinâmica com o meio, e não como algo interno e iniciador deles – oferece uma base mais promissora para um contraponto ao mentalismo. Nesse contexto, o antimentalismo deve ser compreendido menos como uma rejeição de constructos mentais por razões epistemológicas e mais como uma consequência de uma tese ontológica sobre a natureza dos fenômenos psicológicos. Essa tese deve ser combinada com um pluralismo teórico moderado, que, além de abandonar pretensões exclusivistas, busca beneficiar-se das convergências parciais com outras tradições de pesquisa.
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