O controle do comportamento humano
DOI:
https://doi.org/10.18761/AB70MHLH02Palavras-chave:
behaviorismo, análise do comportamento, controle do comportamento, contracontrole, poderResumo
O presente texto teve como objetivo analisar criticamente o Capítulo 12 da obra About Behaviorism, que é dedicado ao controle do comportamento humano. Esta temática, que geralmente suscita enorme resistência ao behaviorismo, é abordada por Skinner com argumentos contundentes, embora de forma pouco didática. São sugeridas duas principais complementações para ampliar o alcance dos argumentos apresentados: 1) uma definição precisa do que se entende por controle; 2) a inclusão do conceito de “poder” nas análises dos controles sociais. São também pertinentes algumas atualizações, tais como o aprimoramento do conceito de contracontrole, a eliminação da distinção valorativa entre reforço positivo e controle aversivo e a análise do sentimento de liberdade em função das possibilidades de escolha. Conclui-se que, 50 anos depois, o capítulo continua a ser muito importante para a compreensão do behaviorismo. O destaque na dinâmica de interação mútua entre organismo e ambiente (controlar e ser controlado simultaneamente) fundamenta a asserção de que esse controle não expressa passividade nem atitude de dominação. O texto leva o leitor a aceitar que o controle é natural e que o seu conhecimento é condição para que o indivíduo possa alterar os controles existentes, sendo, por conseguinte, um elemento atuante no mundo que o rodeia.
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