O papel de estímulos verbais eliciadores no desenvolvimento da sensibilidade ao outro na psicoterapia
DOI:
https://doi.org/10.18761/apuj1038Palavras-chave:
sensibilidade ao outro, respondentes, psicoterapiaResumo
A importância de que o indivíduo seja capaz de responder a consequências futuras e às consequências de seu comportamento sobre os outros é reconhecida tanto por profissionais e pesquisadores da área de Psicologia quanto culturalmente. Entre os psicoterapeutas comportamentais, é comum a preocupação em desenvolver o repertório de seus clientes de sensibilidade ao outro. Entretanto, muitas das intervenções clínicas nessa direção têm sido eficazes no desenvolvimento da capacidade do cliente de descrever o que estaria ocorrendo com um terceiro e os sentimentos correlatos, mas não necessariamente estariam promovendo maior inclinação da parte do cliente em emitir, fora do ambiente da sessão, uma resposta concreta de ajuda na direção desse terceiro. A análise de tais intervenções a partir da RFT permite supor que quando o psicoterapeuta é hábil em estabelecer relações de equivalência entre o relato de eventos que eliciam responder emocional do cliente com a descrição do que estaria ocorrendo com um terceiro, os clientes ficariam mais propensos a ajudar. O objetivo do presente estudo é apresentar uma proposta conceitual, alicerçada em revisão de literatura de base empírica, para um programa de pesquisa acerca de intervenções psicoterapêuticas que visem o desenvolvimento de sensibilidade ao outro e emissão de ações de ajuda correlatas.