Perspectivas em Análise do Comportamento https://revistaperspectivas.org/perspectivas <p>Perspectivas em Análise do Comportamento é uma revista semestral online, editada e financiada pelo Paradigma - Centro de Ciências e Tecnologia do Comportamento. Editada desde 2010, seu objetivo é publicar artigos originais, relacionados ao behaviorismo radical e à análise do comportamento, com destaque para análises sobre o desenvolvimento histórico, filosófico, conceitual, metodológico, aplicado e tecnológico da área.</p> Paradigma – Centro de Ciências e Tecnologia do Comportamento pt-BR Perspectivas em Análise do Comportamento 2177-3548 O controle do comportamento humano https://revistaperspectivas.org/perspectivas/article/view/1234 <p align="left">&nbsp;</p> <p align="justify"><span style="color: #000000;"> <span style="font-family: Minion Pro Med, serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">O presente texto teve como objetivo analisar criticamente o Capítulo 12 da obra </span><span style="font-family: Minion Pro, serif;"><span style="font-size: small;"><em>About Behaviorism</em></span></span><span style="font-size: small;">, que é dedicado ao controle do comportamento humano. Esta temática, que geralmente suscita enorme resistência ao behaviorismo, é abordada por Skinner com argumentos contundentes, embora de forma pouco didática. São sugeridas duas principais complementações para ampliar o alcance dos argumentos apresentados: 1) uma definição precisa do que se entende por controle; 2) a inclusão do conceito de “poder” nas análises dos controles sociais. São também pertinentes algumas atualizações, tais como o aprimoramento do conceito de contracontrole, a eliminação da distinção valorativa entre reforço positivo e controle aversivo e a análise do sentimento de liberdade em função das possibilidades de escolha. Conclui-se que, 50 anos depois, o capítulo continua a ser muito importante para a compreensão do behaviorismo. O destaque na dinâmica de interação mútua entre organismo e ambiente (controlar e ser controlado simultaneamente) fundamenta a asserção de que esse controle não expressa passividade nem atitude de dominação. O texto leva o leitor a aceitar que o controle é natural e que o seu conhecimento é condição para que o indivíduo possa alterar os controles existentes, sendo, por conseguinte, um elemento atuante no mundo que o rodeia. </span></span></span></span></p> Maria Helena Leite Hunziker Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ 2025-09-25 2025-09-25 16 2 xx xx 10.18761/AB70MHLH02 Conhecimento não é Informação: O Repertório Epistêmico na Perspectiva Behaviorista Radical https://revistaperspectivas.org/perspectivas/article/view/1239 <p>Este artigo discute o conceito de conhecimento a partir da perspectiva behaviorista radical apresentada por B. F. Skinner no capítulo Knowing (O Conhecer) do livro About Behaviorism. Inicialmente, contrasto a concepção behaviorista radical de conhecimento com a concepção representacionalista-informacional, destacando dificuldades lógico-conceituais desta última. Em seguida, exploro a relação entre conhecimento e contingências complexas, propondo três características fundamentais de padrões de comportamento operante tipicamente reconhecidos como conhecimento: consistência do êxito no tempo, covariação com mudanças ambientais e atendimento a critérios em atividades compartilhadas. Argumento que essa perspectiva evita a lenda intelectualista, presente nas concepções representacionalistas. Por fim, aplico essa concepção behaviorista radical do conhecimento a dois contextos contemporâneos: a propagação da desinformação nas redes sociais e o reconhecimento do repertório epistêmico de povos originários e comunidades tradicionais. Em ambos os casos, argumento que a concepção de conhecimento como repertório comportamental selecionado por contingências complexas (e não como informação ou representação) permite uma compreensão mais acurada dos fenômenos em questão e sustenta o reconhecimento mais justo de sistemas epistêmicos diversos.</p> Eileen Pfeiffer-Flores Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ 2025-10-08 2025-10-08 16 2 xx xx 10.18761/AB70PF01 Revisitando About Behaviorism: 1974-2024 https://revistaperspectivas.org/perspectivas/article/view/1242 <p>O livro About Behaviorism completou, em 2024, 50 anos desde seu lançamento, em 1974. Uma das razões para Skinner considerar pertinente a redação desse texto foi a crescente circulação, seja na imprensa, seja nos artigos científicos, seja nos debates acadêmicos frequentes em congressos científicos, dos pressupostos e princípios então acumulados a respeito do behaviorismo skinneriano. About Behaviorism é uma espécie de resumo dos principais temas, especialmente sob o viés ético, das propostas de B. F. Skinner não apenas aplicáveis ao comportamento individual, mas à possibilidade de formulação de delineamentos culturais. Desde este capítulo introdutório até o final do exame dos principais embates teóricos, o leitor pode considerar estar diante de uma edição comemorativa de revisão do About sob a opinião de autores representativos da Análise do Comportamento.</p> Kester Carrara Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/deed.en 2025-10-09 2025-10-09 16 2 xx xx 10.18761/KCar_04 Fragilidades epistemológicas do antimentalismo e uma possível saída na teoria comportamental da mente https://revistaperspectivas.org/perspectivas/article/view/1247 <p align="justify"><span style="color: #000000;"> <span style="font-family: Minion Pro Med, serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Por ocasião dos cinquenta anos da publicação do livro </span><span style="font-family: Minion Pro, serif;"><span style="font-size: small;"><em>About Behaviorism</em></span></span><span style="font-size: small;">, de B. F. Skinner, este ensaio revisita o capítulo “O que há dentro da pele?” (“What is inside the skin?”), com o objetivo de reavaliar alguns dos fundamentos filosóficos do comportamen­talismo radical. Partimos da distinção latente entre duas dimensões do projeto skinneriano: como filosofia da ciência do comportamento e como filosofia da mente, que propõe uma teoria comportamental da mente. Argumentamos que as justificativas epistemológicas apre­sentadas por Skinner em defesa das explicações comportamentalistas são insuficientes para fundamentar a crítica antimentalista. No entanto, a teoria comportamental da mente – ao sugerir que a mente é composta por comportamentos em relações de interação dinâmica com o meio, e não como algo interno e iniciador deles – oferece uma base mais promissora para um contraponto ao mentalismo. Nesse contexto, o antimentalismo deve ser compreendido menos como uma rejeição de constructos mentais por razões epistemológicas e mais como uma consequência de uma tese ontológica sobre a natureza dos fenômenos psicológicos. Essa tese deve ser combinada com um pluralismo teórico moderado, que, além de abandonar pretensões exclusivistas, busca beneficiar-se das convergências parciais com outras tradições de pesquisa. </span></span></span></span></p> Diego Zilio Filipe Lazzeri Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/deed.en 2025-10-20 2025-10-20 16 2 xx xx 10.18761/AB70DZFL_03 Guardando o comportamento à vista https://revistaperspectivas.org/perspectivas/article/view/1248 <p align="left">&nbsp;</p> <p align="left"><span style="color: #000000;"> <span style="font-family: Minion Pro, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Minion Pro Med, serif;">Em </span><em>O mundo dentro da pele</em><span style="font-family: Minion Pro Med, serif;">, Skinner revisita questões sobre a teoria de eventos privados que, para alguns autores, fundamentam a radicalidade de sua proposta compor­tamentalista. No entanto, nesse movimento, consideramos que a ênfase de suas discussões oscila entre duas posições, denominadas neste artigo como “referencialização materializante”, que enfatiza teorizações neurofisiológicas como limite para o acesso e abordagem dos fenô­menos subjetivos; e “materialidade da vida social”, que destaca o papel das relações estabe­lecidas pela comunidade verbal para análise e compreensão dos fenômenos subjetivos. Este artigo explora como essas duas perspectivas, apesar de contraditórias, coexistem no texto skinneriano e podem influenciar diferentes abordagens dos analistas do comportamento no tratamento dos fenômenos subjetivos. Por fim, o trabalho propõe uma apreciação crítica da teoria dos eventos privados como parte das reflexões em comemoração aos cinquenta anos de </span><em>About Behaviorism</em><span style="font-family: Minion Pro Med, serif;">. </span></span></span></span></p> Eduardo Sousa Gotti Henrique Mesquita Pompermaier Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/deed.en 2025-10-20 2025-10-20 16 2 xx xx 10.18761/AB04dbhP